sexta-feira, 28 de março de 2008

ANTES DE PARTIR

Contando com dois dos maiores astros de Hollywood, “Antes de Partir” alcança seu sucesso alternando entre doses moderadas de comédia e emoção. Sem nunca ter ganhado muito glamour e reconhecimento, o diretor Rob Reiner (A História de Nós Dois) investe forte na história de uma dupla de idosos que têm pouco tempo de vida.
O roteiro circula entre Jack Nicholson (Os Infiltrados) e Morgan Freeman (Batman Begins), respectivamente Edward Cole e Carter Chambers. Depois de um tempo trancados no mesmo quarto de hospital, os protagonistas recebem a notícia de que têm entre seis meses e um ano de vida. Ao invés de procurarem tratamento, os dois decidem partir em busca de aproveitamento.
Ao porte de uma lista e muito dinheiro proporcionado por Edward, o mundo torna-se um lugar sem limites para a diversão. Pular de pára-quedas, dirigir carros super velozes e fazer um safári pela África são apenas algumas metas a serem cumpridas.
Com o passar dos dias, a relação de amizade vai se interligando cada vez mais. Sentimentos que vão de amor a ódio em segundos são jogados na tela durante a exibição do espetáculo. Sentimentos que, sem dúvida, são muito bem interpretados e passados ao público pela dupla de atores principais da película.
Se de um lado temos toda a seriedade e ironia de Jack Nicholson, do outro temos o carisma e a compaixão de Morgan Freeman. Combinação que caiu como uma luva para o tema abordado pelo longa. O entrosamento é notável em todos os 97 minutos de duração da fita. É como se um desse apoio e sustentasse o outro em momentos de decadência na atuação do companheiro. Foi a junção básica de experiência e simplicidade proporcionados por dois dos maiores ícones do cinema americano que deu o complemento necessário para que o filme se tornasse apreciável e digno de uma boa nota em comentários e críticas cinematográficas.
Não há como dar destaque à apenas uma das estrelas, vide que o brilho das duas ofusca todo o resto da produção responsável pelo desenvolvimento e aprimoramento final da obra.
Não que o trabalho do diretor Rob Reiner tenha passado em branco, mas o script é quase que guiado automaticamente pela performance de seus astros. O que faz com que Reiner cumpra um papel secundário em seu próprio projeto. Nada de pontos positivos ou negativos, fica apenas a sensação de que o ‘comandante’ não estava presente.
Apesar de ousado, o roteiro aposta em cenas simples e óbvias - às vezes até clichês - para alcançar seu merecido sucesso.
Temos vários momentos em que o ritmo é determinado pela comédia, fazendo com que a mesma tome conta da tela. Mas são nas cenas em que a emoção fala mais alto que a história atinge seu ápice, deixando claro que uma lágrima derramada ao assistir um filme continua sendo uma boa maneira de levar o público aos cinemas.

Nota: 7

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quinta-feira, 6 de março de 2008

RAMBO IV

Mesmo não conseguindo manter o nível das películas anteriores, “Rambo VI” não é uma total perda de tempo. O longa serve, entre outras coisas, para apresentar o personagem à denominada “nova geração”. Grande destaque dos anos 80, a franquia cinematográfica moveu multidões aos cinemas, deixando o público pagante mais do que satisfeito. Tentando resgatar suas origens, o novo filme do veterano de guerra peca em determinadas situações, deixando a leve sensação de ser apenas mais uma atração recheada de mortes em todos os locais do cenário.
A história vai do simples ao óbvio em um piscar de olhos. Nos tempos modernos, John Rambo (Sylvester Stallone) é apenas um barqueiro que tem sua moradia em uma pequena vila na Tailândia. Mais frio do que nunca, o ex-guerrilheiro limita-se a comentar apenas o necessário, dando claros sinais de que já não se importa mais com a situação atual de nosso planeta.
Sua vida caminha, cada vez mais, em um ritmo pacato e freneticamente desacelerado. Mas isso tende a mudar, pois um grupo de missionários necessita de seus conhecimentos do local para levarem medicamentos ao país chamado Birmânia. É evidente que essa não será apenas mais uma viagem descompromissada pelas águas tailandesas. É aí que temos o reinício da saga de nosso herói de guerra.
O grande destaque da película fica, sem dúvida nenhuma, para Sylvester Stallone. O astro pintou como diretor, ator e produtor em seu novo projeto mostrando que mesmo aos sessenta anos de idade, o protagonista se mantém em plena forma física e mental. Certamente não é nada fácil carregar um projeto com um patamar tão alto como é o da franquia Rambo.
Mesmo que tenha deixado a peteca cair em determinadas situações de sua atuação, o eterno Rocky Balboa sai com pontos positivos da produção e prova que uma pessoa pode e tem a capacidade de ir longe quando realmente quer que um ideal seja passado às telas cinematográficas.
Mas nem tudo são flores na ressurreição de John. Grandes falhas no roteiro deixam o desfecho final mais do que previsível. Momentos chave se tornam apenas mais uma desculpa para que tiros e corpos sejam jogados na tela, uma leve tentativa de encobrir as falhas da narrativa principal. Movimentos de apelação bem criados pela produção, mas que, infelizmente, não servem como um meio de fuga.
Baseando-se em sua própria política de desenvolvimento e evolução de script, o longa serve apenas como divertimento passageiro para os admiradores das mais variadas formas de morte e destruição.
O trabalho final deve agradar aos que se consideram verdadeiros amantes da sétima arte. Mas certamente, esperava-se bem mais de uma franquia que se auto-revoluciona depois de vinte anos na espera por uma seqüência.

Nota: 6

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