segunda-feira, 20 de outubro de 2008

SUPER-HERÓIS - A LIGA DA INJUSTIÇA

Mais um... até quando Hollywood produzirá comédias de nível precário a fim de entreter e divertir o público pagante? O que, imediatamente, nos leva a mais uma pergunta: até quando iremos sofrer?
Como se o nível de desrespeito ao espectador já não fosse o suficiente em sua difamada versão original, a produção brasileira que cuida da tradução dos títulos das películas simplesmente alterou o verdadeiro nome do filme em sua transição para o português - tudo bem que esta ação já se tornou comum em nosso país, mas desta vez a linha do exagero foi cruzada e deixada anos-luz para trás. No inglês, “Disaster Movie” (algo como “Filme de Catástrofe”, título que combina perfeitamente com a atuação, roteiro, direção, fotografia e demais categorias a serem analisadas na fita) passou a chamar “Super-Heróis - A Liga da Injustiça”. Fica clara a intenção de pegar carona no sucesso do também deplorável “Super-Herói: O Filme”, já que as supostas histórias dos longas não têm ligação alguma entre si.
Este seria o momento em que a sinopse contando a premissa do filme ocuparia alguns parágrafos. Mas simplesmente não há o que ser contado com relação à história temática principal, tudo o que precisamos saber é que o protagonista Will (Matt Lanter) tem um sonho, nele o garoto descobre que precisa devolver uma caveira de cristal ao seu lugar de origem, um altar. Caso isto não ocorra, será o fim de toda a humanidade.
Para ser mais exato, não há história alguma a se contar. A suposta sinopse não passa de uma desculpa para que várias cenas parodiando películas de grande sucesso mundial sejam amontoadas em um rolo de filme de 90 minutos. Se em uma cena os protagonistas correm de meteoritos, na seguinte os mesmos estão fugindo da versão fantoche de “Alvin e os Esquilos”, para, na próxima, estarem falando com um Batman que lamenta ter escolhido o dia para fazer compras.
O desrespeito chega a ser tanto que, pela primeira vez em uma fita do gênero, os produtores optaram por falar o nome dos filmes parodiados. Como se o público fosse ignorante o suficiente para não reconhecer a silhueta de um homem com chapéu que representa o Indiana Jones, ou até mesmo um ser humano que se transforma em um monstro verde ao ficar nervoso. Sendo assim, segue o raciocínio: Ou intenção inicial era fazer com que as pessoas que não tenham visto algum dos longas originais não ficassem perdidos na hora de alguma piada - o que não faz sentido algum, pois tudo ali tem sua linha inicial nas fitas que serviram de base - ou a caracterização ficou tão ruim que os produtores optaram por colocar esse artifício para que alguém entenda qual é o assunto parodiado no momento.
Enfim, não há direção, tudo acontece por acontecer.
Não há atuação, apenas algumas pessoas correndo em sets mal reproduzidos.
Não há roteiro, e sim um bando de cenas que, juntas, tentam formar um enredo.
Não há fotografia, ou é tudo muito colorido ou tudo muito escuro.
Não há efeito especial, apenas isopores e fantoches.
É, sem dúvida alguma, um dos maiores desrespeitos que Hollywood já teve para com o mundo. Se não houver um boicote contra esses temas pastelões, em pouco tempo a indústria cinematográfica será o mais novo manicômio no planeta - Steven Spielberg que o diga...

Nota: 0

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