sábado, 23 de fevereiro de 2008

CLOVERFIELD - MONSTRO

Em primeiro lugar, tenha em mente que “Cloverfield - Monstro” não é a produção do ano, nem sequer é a do mês. O longa não passa de uma caracterização de um monstro destruindo uma grande metrópole. Temos um roteiro que vai do nada a lugar algum, um elenco do qual nunca se ouviu falar e um diretor que jamais dirigiu algo de grande reconhecimento. Além de um desfile incontrolável de clichês, temos um espetáculo que nos diverte, acima de tudo, e consegue transparecer sobre os problemas já citados.
Tudo começa na festa de despedida de Rob, que, após uma promoção, está de partida para o Japão. Seu melhor amigo Hud, decide fazer uma espécie de documentário para que seu companheiro leve consigo em sua viagem à Terra do Sol Nascente. Em meio a muita bebida e conversas dos mais variados assuntos, uma explosão a alguns metros do local abala a despedida.
No começo, poucos sabem o que atingiu a cidade. A única certeza é que o lugar precisa ser evacuado o mais rápido possível. Começa então, uma fuga nada fácil pela sobrevivência.
Horas mais tarde, relatos de que uma criatura estaria devastando o local são confirmados.
O tormento piora a cada minuto, pois Beth - caso amoroso de Rob na trama - está presa em seu apartamento, depois da quase queda do mesmo. Não é preciso pensar muito para adivinhar que o rapaz irá ingressar em uma busca desesperada por sua amada, enquanto Nova York toda é demolida ao seu redor.
Como pôde ser visto, a história em si não chama a atenção de forma alguma. O grande destaque fica para os ângulos que nos são proporcionados graças à opção do diretor Matt Reeves em fazer uma película filmada apenas com câmeras caseiras. Somos praticamente transportados ao caos que toma a cidade, chegando a ficar enjoados em determinadas situações transmitidas pelos atores.
Atores, como já mencionados acima, totalmente desconhecidos. É impossível fazer uma análise completa de suas atuações, pois o elenco teve de representar pessoas normais em uma película em que seus rostos e expressões quase não são visualizados.
O monstro fica para segundo plano. A entonação principal é dada à aventura vivida por Rob e seus companheiros em busca de um local onde possam se ver livres da criatura.
Apesar do baixo nível econômico do longa - algo em torno de trinta mil dólares - os efeitos especiais não deixam a desejar. Temos várias tomadas de edifícios vindo abaixo, carros explodindo, e uma cena com um apelo visual incrível da cabeça da Estátua da Liberdade sendo arremessada ao ar como se fosse uma simples bola de papel. Como se esse material já não fosse o suficiente, temos uma visão aérea de um dos momentos cruciais do filme, quando a criatura é atacada por mísseis do exército americano, na tentativa de derrubá-la.
Não há muito o que se destacar no quesito “fotografia”, pois não se pode esperar algo excepcional quando uma produção realiza todo o seu trabalho usando câmeras caseiras e de baixa qualidade para a geração cinematográfica atual.
Mas é essa a diversão de “Cloverfield - Monstro”, ser um filme sem referências ou preocupações. Não se pode exigir nada a mais do que isso, pois o resultado seria decepcionante. Assista-o com base nessas informações e poderá apreciar um bom espetáculo.

Nota: 7

2 comentários:

kahradcliffe disse...

- Soa como se fosse um filme muito meia-boca. :x
E a gente já meio que 'esperava' por isso desde o desenho do monstro, né Will?
Mas é isso aí... :D
Quero ler a critica sobre o Juno em breve. ;)


Te amo e o blog tá muito bom ;*

Unknown disse...

Ééé..!Ele falou bem de novoo
o//

Comentário muiito bem elaborado :}
E é mesmo..o filme valeu pelos efeitos né
:D
Pq história...:x ..uahsuahsua

Tá ótimoo Wil.!
Agora o blog vai ficando cada vez mais cheio =D~~
continua assim querido, e admirado crítico..^^

:**